quinta-feira, 25 de março de 2010

O texto do dia 22 de março

Você se lembra do fragmento publicado no dia 22 de março? Vamos relembrar:
Observe o fragmento a seguir, transcrito de publicação em jornal diário aqui da cidade de São Paulo. Que passagens você alteraria?
ARTE GEOPOLÍTICA Prêmio de Ang Lee é símbolo de um festival que trata o Oriente como a fonte do mais novo e interessante cinema, sem esquecer, no entanto, das produções que vem de Hollywood (Legenda da foto de Ang Lee, na ocasião em que foi ganhador do Leão de Ouro, prêmio principal do Festival de Veneza)
No trecho em negrito, há duas observações a fazer.
A primeira é em relação ao verbo “esquecer”, cujo complemento é “das produções que vem de Hollywood”. Lembremos que o verbo “esquecer”, quando empregado sem a anexação do
“se” (“esquecer-se”), não admite complemento preposicionado. Para facilitar a lembrança dessa norma, podemos dizer que “quem esquece esquece alguma coisa ou alguém”, e “quem se esquece esquece-se de alguma coisa ou de alguém”. Assim, na passagem acima, o complemento “produções” não deveria ser preposicionado, ficando: “..., sem esquecer, no entanto, as produções...”. Também estaria de acordo com a norma culta da língua a construção: “..., sem esquecer-se, no entanto, das produções...”.
A segunda observação diz respeito à forma verbal “vem”. Essa forma verbal refere-se a “produções” (“..., produções que vem...”). Gramaticalmente, sabemos que o sujeito do verbo “vir” é o pronome relativo “que”, que substitui “produções”, nome plural. Por isso, a forma do verbo “vir”, por referir-se à terceira pessoa do plural, deveria ser acentuada graficamente: “vêm”. A passagem destacada, portanto, estaria de acordo com a norma culta desta forma: “..., sem esquecer, no entanto, as produções que vêm de Hollywood”, ou: “..., sem esquecer-se, no entanto, das produções que vêm de Hollywood”.
Confira as suas observações e exercite o que você aprendeu.
Até a próxima.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia Mundial da Água

Veja a letra da composição Planeta Água, de Guilherme Arantes, que nos leva a uma reflexão interessante sobre a importância da água para a nossa vida

PLANETA ÁGUA
Guilherme Arantes


Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...
Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água,
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris
Sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas
Na inundação...
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água

Mais um texto para observação

Observe o fragmento a seguir, transcrito de publicação em jornal diário aqui da cidade de São Paulo. Que passagens você alteraria? Confira amanhã os comentários.
ARTE GEOPOLÍTICA Prêmio de Ang Lee é símbolo de um festival que trata o Oriente como a fonte do mais novo e interessante cinema, sem esquecer, no entanto, das produções que vem de Hollywood
(Legenda da foto de Ang Lee, na ocasião em que foi ganhador do Leão de Ouro, prêmio principal do Festival de Veneza)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Cuidando das formas verbais

Leia este trecho de notícia publicada em uma seção de esportes:
Atletas paraolímpicos adequam-se mais rápido a deficiências, diz comitê.

É muito comum encontrarmos formas verbais em desacordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, até quando se trata de textos produzidos por pessoas que tenham o hábito da boa leitura. É o que acontece nesse trecho.
O verbo “adequar” é um desses que oferecem dificuldade. E, devido a essa dificuldade, é que encontramos, como nesse caso, uma forma do verbo “adequar” em desacordo com o padrão culto da língua.
Vamos lembrar sempre que esse verbo não possui as formas em que a vogal tônica (aquela em que a voz se apoia para a leitura) é o “e” (“dé”) ou o “u” (“qú”).
Não existem, portanto, as formas: “ad(é)quo”, “ad(é)qua”, “ad(é)quam”, nem as formas “adeq(ú)o”, “adeq(ú)a”, “adeq(ú)am”, bem como outras com tal acentuação.
Esse verbo só possui as formas cuja vogal tônica está após o “u” de “adequar”: “adequamos”, “adequei”, “adequaria”, bem como outras com tal acentuação.
Assim, não existe a forma verbal que aparece no trecho em questão, “adequam”, pois somente seriam possíveis as leituras com a vogal tônica “e” (“ad(é)quam”) ou com a vogal tônica “u” (“adeq(ú)am”). Nesse caso, deveria ser empregado um sinônimo, como por exemplo: “Atletas paraolímpicos adaptam-se mais rápido a deficiências, diz comitê.”

terça-feira, 9 de março de 2010

O texto do dia 7 de março

De acordo com a norma culta da língua, os pronomes oblíquos “me”, “te”, “se”, “o”, “a”, “lhe”, “nos”, “vos”, “os”, “as”, “lhes” não devem iniciar período, como também não devem vir imediatamente após pausa indicada por vírgula, ou por outro sinal de pontuação. Dessa forma, o pronome “se” não poderia aparecer logo após a vírgula, no fragmento apresentado. De acordo com a norma culta, a construção ficaria, portanto: “ 'A Era da Insegurança', aqui e ali, assemelha-se a exercício de megalomania intelectual."
No final desta semana, veja mais um fragmento para exercitar seus conhecimentos.
Até lá.

domingo, 7 de março de 2010

Veja o texto

A partir de hoje, postaremos em nosso blog um fragmento, geralmente transcrito de uma notícia de jornal, em que haja alguma transgressão à norma culta da língua. A nossa intenção é fazer com que você leia o fragmento e perceba a transgressão, ou perceba um fato linguístico de interesse. Essa postagem será feita no início da semana, e o comentário será postado dois dias depois.
O que se pretende é que você exercite a sua capacidade de observação de textos, que é um dos requisitos importantes para o vestibular.

" 'A Era da Insegurança', aqui e ali, se assemelha a exercício de megalomania intelectual."

Não deixe de ver o comentário na próxima terça-feira, dia 9 de março.

Parabéns a todas as mulheres

Neste Dia Internacional da Mulher, façamos nossa a letra de Maria, Maria, de Milton Nascimento, para homenagearmos as mulheres, que sabem misturar "a dor e a alegria", comprendem a importância de "ter sonho sempre" e possuem "a estranha mania de ter fé na vida". Enfim, parabéns a todas as mulheres, que nos ensinam a viver.

Maria, Maria (Milton Nascimento)

Maria, Maria, é um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta,
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta.
Maria, Maria, é o som, é a cor, é o suor,
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta.
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça,
É preciso ter gana sempre.
Quem traz no corpo essa marca,
Maria, Maria, mistura a dor e a alegria.
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça,
É preciso ter sonho sempre.
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida.